José Gonçalves conquistou a segunda medalha de bronze na World Boccia Cup, desta feita na vertente de Pares BC3, juntamente com Ana Costa.
O par português (rank 10) entrou muito bem na prova ao vencer a Grécia (4-3), número 2 do ranking mundial. No jogo seguinte, frente à Grã Bretanha (rank 7), apesar de ter o jogo controlado, acabou por o perder (2-4), o que fez com que tivesse de recorrer aos playoffs para seguir em prova.
No playoff, Portugal encontrou a Polónia (rank 8), a qual venceu por uns concludentes 8-0, apesar de o resultado não revelar o equilíbrio existente durante todo o jogo.
No jogo das meias finais, Portugal defrontou a França (Rank 11). Apesar de ter perdido o jogo por 2-4, foi possível verificar que o par lusitano poderia ter ultrapassado o par gaulês, pois em momentos-chave não deteve a sorte do jogo, tal como aconteceu no ultimo e decisivo parcial, como em outros parciais não conseguiu materializar as vantagens que criou para obter outro resultado.
Assim, Portugal ficou arredado da final da prova, restando-lhe discutir o bronze perante a Grã Bretanha, par com quem tinha perdido na fase de apuramento. Tal como se previa, foi um desafio difícil, apesar de, mais uma vez, se ter apurado que o par português poderia ter conseguido levar de vencido este jogo com maior propriedade.
Na verdade, o jogo acabou por terminar empatado (3-3), tendo-se que recorrer a parcial de desempate para encontrar o vencedor, o que aconteceu para o lado nacional.
Esta vitória foi também muito importante para além da conquista da medalha de bronze, pois Portugal não vencia a seleção britânica desde 2017, contabilizando 5 derrotas consecutivas de 2017 a 2019.
Lembramos que esta foi a primeira vez que o par português contou com esta constituição, com a entrada de José Gonçalves para o par principal, fazendo parceria com Ana Costa.
Domingos Vieira, juntamente com Carla Oliveira, fizeram uma excelente prova em pares BC4. Portugal (rank 6) perdeu no apuramento com a Tailândia (rank 11), por 4-5, e venceu Hong Kong (rank 3) por 6-0. Desta forma, tal como o par BC3, teve de recorrer ao playoff para se manter na prova. No playoff, Portugal bateu a Croácia (rank 7), por 4-2.
Na meia final, defrontou o par número 1 do ranking mundial, a Eslováquia, tendo lutado até ao fim para chegar à final, mas acabou derrotado por 3-4.
Na discussão pela medalha de bronze, o par português encontrou a seleção canadiana (nº 2 do ranking mundial) tendo perdido, novamente pela margem mínima, por 4-5.
Sem dúvida que o par BC4 português lutou de igual-para-igual, perante as duas melhores seleções mundiais, tendo um feito um percurso assinalável que merece registo de relevo.
Certamente que Portugal está no bom caminho em ambos os pares BC3 e BC4, sendo-lhe, de certeza, reservadas muitas alegrias nos tempos próximos, como se apresenta com sérias aspirações a conquistar lugares para os Jogos Paralímpicos de Paris’2024.
A equipa BC1-BC2 (rank 2), não teve feliz no playoff, depois de passar a fase de grupos, ao perder para o Brasil (rank 3) a discussão para o acesso às finais.
Os pódios da prova coletiva foram os seguintes:
Pares BC3
1º lugar: Hong Kong
2º lugar: França
3º lugar: Portugal
Pares BC4
1º lugar: Eslováquia
2º lugar: Tailândia
3º lugar: Canadá

Equipas BC1-BC2
1º lugar: Grã Bretanha
2º lugar: Brasil
3º lugar: Tailândia